sexta-feira, 7 de maio de 2010

DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho de produção do conhecimento tem como objetivo traçar um paralelo entre as disciplinas Desenvolvimento Gerencial e Estratégia e Competitividade. Será abordada a importância de um líder no contexto estratégico de uma organização, bem como isso pode contribuir para torná-la cada vez mais competitiva. Os diversos temas que compõem ambas as disciplinas serão correlacionados, mostrando sempre a importância de uma em relação à outra. Esta produção de conhecimento visa mostrar também os aspectos destas disciplinas que contribuem para a sobrevivência de uma empresa em um mercado cada vez mais exigente, competitivo, dinâmico e tecnológico. Serão avaliados temas como a importância e o papel do autoconhecimento, da inteligência emocional, do estilo de liderança das competências relacionais, dentre outros.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 – O autoconhecimento

O relacionamento humano tem influencia em todas as atividades que exercemos em nosso dia a dia. A cada momento estamos interpretando e sendo interpretado em nossas ações. Um gesto ou uma palavra mal aplicada pode mudar o contexto de toda uma situação. A todo instante estamos expressando nossas emoções, sentimentos e opiniões. Por isso é necessário observar o comportamento próprio e através do autoconhecimento aplicar em nossas atividades o que temos de melhor, não que isso possa evitar conflitos e divergência de opinião, mas que isso sirva de reflexão para futuras atitudes melhor compreendidas. Até porque só podemos compreender as atitudes dos outros quando entendemos o nosso comportamento.

O autoconhecimento é uma característica que nos dá uma visão de nossas próprias capacidades, limitações, características físicas, pessoais e emocionais, conseguimos, portanto, identificar a nossa auto-imagem. Uma auto-imagem distorcida pode levar uma pessoa a uma leitura elevada ou rebaixada de si própria. Esta leitura errada pode comprometer o sucesso da equipe e conseqüentemente da organização. As empresas deveriam incentivar as pessoas em seus processos de autoconhecimento, assim como os empresários e profissionais liberais deveriam criar um plano estratégico a partir do seu interno e não somente olhando para fora ou para o mercado.

O planejamento estratégico visa traçar os futuros rumos a serem tomados pela organização, bem como analisar o seu desempenho ao longo dos anos. O plano estratégico de uma organização sempre está sofrendo mudanças, isso devido a competitividade, dinamismo do mercado e a concorrência. Segundo Porter (1999 p.28), a essência da formulação estratégica consiste em enfrentar a competição. Tão importante, ou mais, que o plano estratégico é a sua execução. A sua execução requer disciplina, organização, foco, comprometimento e liderança. Fica, portanto, o papel do líder, mais uma vez evidenciado como um dos pilares no sucesso de uma organização.

2.2 – A inteligência emocional

Ainda existem organizações que não perceberam que a emoção, presente em todas as pessoas, é um aspecto relevante no sucesso organizacional. Uma organização de sucesso é feita, dentre outras coisas, de profissionais preparados e capacitados.

As emoções dão suporte ao processo de relacionamento interpessoal e é com base nas emoções que os agentes se estabelecem como sujeitos, garantem Davel e Vergara (2001). Os gestores devem expandir sua visão e avaliar o contexto emocional em relação a todos os stakeholders da organização, não somente aos membros da equipe.

Segue abaixo a citação que define claramente o papel da inteligência emocional para os gestores da organização:

“A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns”. (Gilberto Vitor)

Até pouco tempo atrás o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico e habilidades espaciais (QI). Mas a discussão é retomada através de um novo conceito onde a inteligência emocional é avaliada como maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Desta forma pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão, gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Segundo Porter (1999), os compradores competem com a indústria influenciando nos preços. A força do cliente, ou seja, sua exigência por menor preço, maior agilidade e melhor qualidade influenciam diretamente nos produtos, serviços e preços. Tiffany e Peterson (1994) pregam, dentre outras coisas, que o bom cliente é aquele que pede que você faça o que você sabe fazer. Da mesma forma ocorre junto aos fornecedores, pois trata-se também de um processo de negociação que envolve algumas variáveis como: diferenciação de insumos, produtos substitutos, o volume e a concetração de fornecedores. Porter (1999) diz que o tratamento da empresa com relação aos seus fornecedores ou aos grupos de compradores precisam ser tratadas como decisões estratégicas, devido à importância das decisões resultantes destas negociações.

2.3 – O estilo de liderança no exercício gerencial

Segundo Kotter a liderança é processo que envolve visão, estratégias, pessoas e autonomia para que os indivíduos possam fazer cumprir a visão e a missão, ultrapassando os obstáculos encontrados.

Os líderes coercivos alcançam seus objetivos tratando os liderados com punição ou coação. Já os controladores consideram-se melhores e insubstituíveis, querem inclusive se envolver em mínimos detalhes das atividades da equipe, normalmente suas idéias devem prevalecer. Também há o outro extremo, a liderança orientada, ou seja, líderes que não expressam suas opiniões, evitam conflitos de idéias, são inseguros e muitas vezes adiam decisões. O ideal é ser um líder integrador, aquele que incentiva a troca de idéias, participa de soluções, reconhece o valor de cada membro da equipe, ou seja, cria condições favoráveis à equipe.

O sucesso do plano estratégico da empresa está associado diretamente, dentre outros fatores, ao comportamento de seus lideres, por isso a importância de suas competências e estilos para que os resultados esperados possam ser alcançados, somente uma organização coerente com suas ações pode entender quanto o mercado é competitivo e como se comportar diante dele.

2.4 - A busca da competitividade empresarial

A postura competitiva segundo Fahey (1994), define como uma organização se diferencia dos concorrentes atuais e futuros aos olhos e entendimento dos consumidores. É a diferenciação embutida pela empresa em um produto que determina a escolha do consumidor por aquele produto. Para que isso aconteça é necessário que se estabeleça uma estratégia, por isso Porter (1991) sugere que haja a atratividade da indústria e a posição competitiva dentro dela.

A fidelização e a busca por novos clientes são processos complexos e responsáveis pela competitividade empresarial. Porter (2004, p. 4) caracteriza o poder de negociação dos clientes, o poder de negociação dos fornecedores, a ameaça de novos entrantes e a ameaça de produtos substitutos como fatores determinantes à rivalidade entre concorrentes.

3. Conclusão

Neste estudo foi observada a necessidade de incentivar o autoconhecimento como ferramenta fundamental para crescimento humano e organizacional. Observamos ainda, que o plano estratégico sofre constantes mudanças, podendo causar conseqüentemente impactos nos processos internos da organização.

Tendo em vista o constante aprimoramento dos processos, é necessário que as lideranças da organização estejam prontas para subtrair os melhores resultados de sua equipe. Afinal, o sucesso do plano estratégico está diretamente associado à competência da equipe e de seus lideres. Plano este, que implica em aspectos como o crescimento da organização, os custos fixos, a diferenciação de produtos, a identidade de marca, os custos de mudança, a diversidade de concorrentes e as barreiras de saída.

A competitividade deve ser analisada como fator relevante no desenvolvimento interno e no crescimento da organização como um todo.

REFERÊNCIAS

PORTER, M. E. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Elsevier. 2004.

http://www.din.uem.br/ia/emocional/

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