sexta-feira, 7 de maio de 2010

DO QUE AS MULHERES GOSTAM, SOB O OLHAR DA GESTÃO EMPRESARIAL

APRESENTAÇÃO: Artigo desenvolvido para estudos de pós-graduação da Uninter - PR, aconselhavel que o leitor assista ao filme DO QUE AS MULHERES GOSTAM, estreado por Mel Gibson para entender o artigo.

INTRODUÇÃO

No filme, Nick Marshall interpretado pelo ator Mel Gibson, é um executivo de sucesso, que trabalha em uma agência de publicidade em Chicago e lida diariamente com a batalha dos sexos, tanto pessoalmente como profissionalmente.
A vida de Nick muda totalmente com a chegada de uma nova chefe para a agência, e com ela foram aderidas muitas campanhas de publicidade voltadas para o público feminino. Apesar de seu charme e sucesso com as mulheres, ele nunca deu a mínima para o que elas pensam ou dizem, mas terá que mergulhar neste novo mundo para atender às necessidades e exigências de sua chefe, mas as coisas ficam mais fáceis para ele após um acidente doméstico, onde ele acorda no dia seguinte e percebe que é capaz de ouvir tudo que as mulheres pensam e sentem.
Primeiramente ele passa a usar de seus poderes para agradar a sua chefe Darcy McGuirre, interpretada pela atriz Helen Hunt. Motivado pelo seu poder, ele começa a roubar as idéias da sua chefe querendo levar vantagem nas campanhas e desafios da empresa, mas as coisas mudam quando ele percebe que está totalmente apaixonado por Darcy.

DESENVOLVIMENTO

A crescente evolução mercadológica faz com que os profissionais ligados à produção e comercialização de qualquer produto, acompanhem este desenvolvimento. Dentro das organizações não é diferente, pois os profissionais estão constantemente em busca de informações que possam valorizar ou promover crescimento em todos os níveis. Baseado em Abraham Maslow, em seus estudos da Teoria da Motivação Humana, podemos claramente identificar no personagem de Mel Gibson sua busca pela auto-realização, um cargo de chefia em seu departamento, no caso, o de criação de uma grande agência de propaganda. Esse é o agente motivador deste profissional que depois de superar as necessidades primárias, que agrupa as fisiológicas e de segurança, na Pirâmide de Maslow, passando às secundárias, sociais e estima, enfim o personagem busca o topo da pirâmide. Ainda explorando a história que nos norteia neste estudo, a busca por um cargo de chefia por parte de Nicky Marsal, personagem de Mel Gibson, desencadeia uma série de ações que modifica todo o ambiente organizacional da agência.
O marketing pessoal está presente em cada cena do filme, podendo mencionar o thriller mostrando a história de vida de seu personagem principal, bem como na apresentação da nova diretora de criação da agência como ganhadora do principal prêmio da categoria. Pode-se aplicar este exemplo e outros, onde ações de marketing são desenvolvidas no decorrer da história com destaque para a capitação de novos clientes. O foco no cliente, redirecionado para o público feminino, a pesquisa de marketing, como instrumento para o desenvolvimento das peças publicitárias. O levantamento das necessidades dos stakeholders e a modificação nos padrões de relacionamento com os clientes internos e externos para aproximar dos objetivos da organização, o conceito da história é a busca pela compreensão do que se passa com o nosso consumidor, para isso devemos entender seu comportamento. Essas informações vão contribuir para o desenvolvimento de produtos e campanhas que vão de encontro com seus prospects. Vamos desmembrar cada um destes aspectos, encontrados no filme para que tenhamos uma correlação da história com nossos estudos. Vejamos: No filme percebe-se que o ator busca a todo instante estabelecer regras para melhor entendimento e compreensão do comportamento dos consumidores. A necessidade de captação de novos clientes se dá a partir da Estratégia de Crescimento, que se dá a partir da perspectiva de crescimento financeiro, que permiti, manter custo com um investimento em material humano sendo possível produzir mais. No material de estudos de estratégia de crescimento, descrito pelo Prof. MSc. Adriano Staller é possível encontrar, “As organizações crescem à medida que mantém seus clientes atuais, captam novos e faz com que todos eles comprem mais”. No enredo que estamos analisando, o diretor presidente da Agência de Propaganda Sloan Curte, discursando na apresentação de sua nova diretora de criação Darcy Maguiret, interpretada por Heln Hunt, além de destacar a capacidade de liderança de sua nova contratada o executivo cita a empresa como destaque nas ações estratégicas no ramo que atua. E como se sabe uma agência de propaganda se destaca com a capacidade de criação de seu pessoal, o que determinamos como capital humano. Entretanto é com a prospecção que obtém o crescimento financeiro desejado e isso normalmente está a cargo do pessoal de atendimento desta agência. Logo que assume o cargo, a nova diretora de criação estabelece um trabalho em grupo, que estimula a atividade interpessoal proporcionando o estímulo da criatividade através de uma visão enquanto consumidor. Se conseguirmos entender a visão de valor que nosso consumidor desprende para com nosso produto, podemos oferecer que exatamente o que ele quer.
Niky, personagem de Mel Gibson, foi buscar entender o universo feminino e depois de um acidente passa a ouvir os pensamentos, exatamente dos consumidores que deseja atingir. Os profissionais de administração, dentro de suas organizações, buscam a todo o momento através de ferramentas próprias, entender o que se passa entorno de sua empresa bem como todos os elementos que influenciam nos resultados, os stankehoders.
A partir do momento que ele se entrega ao mundo feminino, mesmo que em conseqüência de seu acidente, tudo fica mais fácil, pois ele envolve com os problemas, dúvidas e principalmente passa a entender as verdadeiras necessidades das mulheres, isto faz com que ele tenha idéias inovadoras para conquistar o seu objetivo através do planejamento estratégico.
Após o acidente o ator acorda com a capacidade de escutar os pensamentos femininos e começa a agir, conforme seus pensamentos. Na realidade, como esse dom não acontece, o líder deve utilizar seus conhecimentos para alcançar os objetivos propostos pela organização. O líder deve renunciar o papel autoritário e desvendar seus olhos diante da nova tendência, na qual se confronta com as diversas situações da organização. Kets de Vries (1997) afirma que, “o líder tem que ter visões de futuro, delegar poder, transmitir energia e motivar seus liderados, mas também precisa estruturar, projetar, controlar e recompensar comportamentos”.
No final do filme, o ator começa a entender melhor sobre a intimidade das mulheres e começa a modificar seu estilo de vida. No contexto atual, o líder deve entender sobre todo o processo que concerne o ambiente onde está inserido e modificar algumas atitudes que não estiverem sendo benéficas para o sucesso organizacional. Se o seu estilo de trabalho não for condizente com o que o mercado precisa, deve desenvolver habilidade e buscar melhorias para melhor desempenho de suas funções.
Diante do fenômeno da globalização, as organizações estão mudando os seus princípios, inovando, buscando novas tendências mercadológicas e tecnológicas tornando seus serviços obsoletos muito rapidamente e focam a inovação. Para tal mudança comportamental exige-se muito conhecimento, competitividade e atuação de altos executivos e dos demais colaboradores da organização. O envolvimento neste processo requer liderança para lidar com um ambiente totalmente volátil, controlar recursos humanos motivando-os sem gerar apreensão que é causada e todo momento de mudanças.
Pode-se perceber esta insegurança e apreensão do ator, pois no momento em que surge uma nova chefe com idéias totalmente contrárias aos seus princípios, interesses e valores, ele se sente ameaçado, mesmo porque ele entende que ela roubou o cargo que seria para ele.
A necessidade de identificar a segmentação de mercado com foco no cliente de sexo feminino foi o que determinou a contração de uma diretora de criação, no caso que estudamos. O constante crescimento do consumo de bens e serviços pelo público feminino é um fenômeno muito discutido, e ainda sem final determinado, tem oportunizado faturamentos recordes das empresas que optaram pelo foco neste público. Estamos falando sobre segmentação de mercado, mas o que realmente é segmentação de mercado? Para Churchill & Peter (2000), “segmentação de mercado é dividir um mercado em grupos de compradores potenciais que tenham semelhantes necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamentos de compra”.
Em tempos, a organização tornou-se uma empresa mais flexível, com redução dos seus níveis hierárquicos, assim é vital que a organização almeje alinhar sua cultura ao novo contexto, sobretudo procure estabelecer mudanças necessárias como resposta imediata a esta solicitação do mercado, abrindo portas para a comunicação direta e para o trabalho em equipe, proporcionando maior envolvimento dos colaboradores e criando uma cultura organizacional voltada às necessidades da empresa. Empresas com este modelo obtém resultados multidisciplinares caracterizando-se pelo domínio do conhecimento e não exclusivamente pelo poder de autoridade.
A busca da excelência se sobressai quando é embasada no comprometimento dos líderes e de seus colaboradores. Gubman (1999) afirma que,

As estratégias de força de trabalho ganham vida através de seus métodos de gestão. É assim que você concretiza sua solução do talento. Se seus métodos estiverem alinhados com suas estratégias, a aplicação deles assegurará que seus líderes e gerentes tomem decisões que colocam suas estratégias em operação para que seus funcionários façam o que você precisa que eles façam.

Por isso, ao ditar suas estratégias, as empresas precisam identificar as competências que são fundamentais e, a partir destas, rever suas atuações. O comportamento dos colaboradores deve ser colocado em evidência, bem como deve ser propostas melhorias e estabelecidas ações gerenciais para a canalização das forças comportamentais em direções construtivas, apontando a notoriedade da organização.
A característica da liderança é essencial para domínio dos conhecimentos e habilidades, até para delegar é preciso conhecer os colaboradores, pois só assim poderá eleger aquele que está mais comprometido em buscar respostas. Um líder jamais poderá delegar a bagagem de seus conhecimentos, não é simplesmente delegar saberes, mas sim delegar ensino e aprendizagem.


CONCLUSÃO

Para acompanhar as constantes mudanças no mercado, é premente a adesão de estratégias de desenvolvimento que sejam eficazes na solução de questões que se deparam diante da emergência deste novo cenário. Os resultados mais relevantes do presente trabalho referem-se à estreita interligação e interdependência entre a comunicação interna, a cultura organizacional e os processos de mudança na vida das organizações. Portanto, ações que envolvam qualquer uma dessas variáveis deverão levar em conta as demais. A sustentabilidade organizacional somente será alcançada se as ações dos líderes forem fundadas em fatores articulados de decisões, estratégia, competência, ação e planejamento. Neste contexto, a importância do líder na eficácia dos resultados de uma organização ganhou, nas últimas décadas, grande relevância.
O desenvolvimento do trabalho levou à constatação de que o planejamento e gestão são fatores-chave no sucesso dos negócios reforça a cultura organizacional e impulsiona os processos de mudança. À medida em que a capacidade de mudança se configura como uma condição para que as empresas mantenham ou alcancem a vantagem competitiva, e que esta capacidade depende dos executivos, líderes e de seus colaboradores, devemos considerar o impacto entre as inovações e ao novo modelo de administrar. Uma organização que possua uma cultura organizacional aberta e orientada para a mudança, além de se tornarem mais ágeis e eficazes, terá maior facilidade em se renovar, criar, inovar e acompanhar as tendências de ponta.
Concluiu-se que, com o objetivo de conciliar os interesses das empresas e de seus líderes devem cada dia buscarem o trabalho em equipe com liderança, confiança, motivação e comprometimento. A soma dos interesses individuais será justamente o interesse coletivo representado pela missão da organização como instrumento produtivo. De acordo com o filme e um olhar crítico, nota-se na história correlacionada com nossos estudos que os objetivos foram atingidos. Recordamos que no início do filme durante a posse da nova diretora da agência, o diretor d empresa objetivou a captação de novos clientes o que aconteceu. Um dos principais objetivos seria trazer de volta o orgulho de ter uma visão estratégica diferenciada dos concorrentes. Uma visão holística dos acontecimentos que experimentamos no filme Do que as mulheres gostam.
REFERÊNCIAS

BONA, Nivea Canlli. Publicidade e propaganda: da agência à campanha - Curitiba: Ibpex, 2007.

GUBMAN, Edward. Talento: desenvolvendo pessoas e estratégias para obter resultados extraordinários. Tradução de Ricardo Inojosa. Rio de Janeiro, 1999.

KETS DE VRIES, Manfred F.R, - Liderança na empresa: como o comportamento dos líderes afeta a cultura interna. Tradução Reynaldo Cavalheiro Marcondes, Anna Christina de Mattos Marcondes. São Paulo: Atlas, 1997.

KNAPIK, Janete. Gestão de Pessoas e Talentos – Curitiba – Ibpex, 2006

MÁRCIA, Valéria Paixão. Pesquisa e Planejamento de marketing – Material de Apoio – Uninter

PAIXÃO, Márcia Valéria. Pesquisa e planejamento de marketing e propaganda. Curitiba: Ibpex, 2008.

SERTEK, Paulo. Empreendedorismo. 4.ed.rev.e atual. Cuitiba: Ibpex, 2007.

SERTEK, Paulo; Roberto Ari Guindani, Tomás Sprano Martins. Administração e Planejamento Estratégico. Curitiba: Ibpex.2007.

Filme: Do que as Mulheres mais Gostam - Direção: Nancy Meyers, Roteiro: Josh Goldsmith, Cathy Yuspa, Produção: Nancy Meyers, Susan Cartsonis, Bruce Davey, Gina Matthews, Matt Williams

www.artigonal.com. Acessado em 21/10/09

www.planetasustentavel.abril.com.br. Acessado em 20/10/09

http://www.administradores.com.br/artigos/marketing_holistico_para_as_micro_e_pequenas_empresas/34251/. Acessado em 20/10/09

http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/9C6BA1B8FE0BAF69832574100060C846/$File/Boletim%20de%20mercado%20Ed.%204%20Ano%20III.pdf. Acessado em 19/10/09

http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/D96040554BFAFB9B03256D520059AE80/$File/310_1_Arquivos_segmercado.pdf. Acessado em 10/10/09

DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho de produção do conhecimento tem como objetivo traçar um paralelo entre as disciplinas Desenvolvimento Gerencial e Estratégia e Competitividade. Será abordada a importância de um líder no contexto estratégico de uma organização, bem como isso pode contribuir para torná-la cada vez mais competitiva. Os diversos temas que compõem ambas as disciplinas serão correlacionados, mostrando sempre a importância de uma em relação à outra. Esta produção de conhecimento visa mostrar também os aspectos destas disciplinas que contribuem para a sobrevivência de uma empresa em um mercado cada vez mais exigente, competitivo, dinâmico e tecnológico. Serão avaliados temas como a importância e o papel do autoconhecimento, da inteligência emocional, do estilo de liderança das competências relacionais, dentre outros.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 – O autoconhecimento

O relacionamento humano tem influencia em todas as atividades que exercemos em nosso dia a dia. A cada momento estamos interpretando e sendo interpretado em nossas ações. Um gesto ou uma palavra mal aplicada pode mudar o contexto de toda uma situação. A todo instante estamos expressando nossas emoções, sentimentos e opiniões. Por isso é necessário observar o comportamento próprio e através do autoconhecimento aplicar em nossas atividades o que temos de melhor, não que isso possa evitar conflitos e divergência de opinião, mas que isso sirva de reflexão para futuras atitudes melhor compreendidas. Até porque só podemos compreender as atitudes dos outros quando entendemos o nosso comportamento.

O autoconhecimento é uma característica que nos dá uma visão de nossas próprias capacidades, limitações, características físicas, pessoais e emocionais, conseguimos, portanto, identificar a nossa auto-imagem. Uma auto-imagem distorcida pode levar uma pessoa a uma leitura elevada ou rebaixada de si própria. Esta leitura errada pode comprometer o sucesso da equipe e conseqüentemente da organização. As empresas deveriam incentivar as pessoas em seus processos de autoconhecimento, assim como os empresários e profissionais liberais deveriam criar um plano estratégico a partir do seu interno e não somente olhando para fora ou para o mercado.

O planejamento estratégico visa traçar os futuros rumos a serem tomados pela organização, bem como analisar o seu desempenho ao longo dos anos. O plano estratégico de uma organização sempre está sofrendo mudanças, isso devido a competitividade, dinamismo do mercado e a concorrência. Segundo Porter (1999 p.28), a essência da formulação estratégica consiste em enfrentar a competição. Tão importante, ou mais, que o plano estratégico é a sua execução. A sua execução requer disciplina, organização, foco, comprometimento e liderança. Fica, portanto, o papel do líder, mais uma vez evidenciado como um dos pilares no sucesso de uma organização.

2.2 – A inteligência emocional

Ainda existem organizações que não perceberam que a emoção, presente em todas as pessoas, é um aspecto relevante no sucesso organizacional. Uma organização de sucesso é feita, dentre outras coisas, de profissionais preparados e capacitados.

As emoções dão suporte ao processo de relacionamento interpessoal e é com base nas emoções que os agentes se estabelecem como sujeitos, garantem Davel e Vergara (2001). Os gestores devem expandir sua visão e avaliar o contexto emocional em relação a todos os stakeholders da organização, não somente aos membros da equipe.

Segue abaixo a citação que define claramente o papel da inteligência emocional para os gestores da organização:

“A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns”. (Gilberto Vitor)

Até pouco tempo atrás o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico e habilidades espaciais (QI). Mas a discussão é retomada através de um novo conceito onde a inteligência emocional é avaliada como maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Desta forma pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão, gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Segundo Porter (1999), os compradores competem com a indústria influenciando nos preços. A força do cliente, ou seja, sua exigência por menor preço, maior agilidade e melhor qualidade influenciam diretamente nos produtos, serviços e preços. Tiffany e Peterson (1994) pregam, dentre outras coisas, que o bom cliente é aquele que pede que você faça o que você sabe fazer. Da mesma forma ocorre junto aos fornecedores, pois trata-se também de um processo de negociação que envolve algumas variáveis como: diferenciação de insumos, produtos substitutos, o volume e a concetração de fornecedores. Porter (1999) diz que o tratamento da empresa com relação aos seus fornecedores ou aos grupos de compradores precisam ser tratadas como decisões estratégicas, devido à importância das decisões resultantes destas negociações.

2.3 – O estilo de liderança no exercício gerencial

Segundo Kotter a liderança é processo que envolve visão, estratégias, pessoas e autonomia para que os indivíduos possam fazer cumprir a visão e a missão, ultrapassando os obstáculos encontrados.

Os líderes coercivos alcançam seus objetivos tratando os liderados com punição ou coação. Já os controladores consideram-se melhores e insubstituíveis, querem inclusive se envolver em mínimos detalhes das atividades da equipe, normalmente suas idéias devem prevalecer. Também há o outro extremo, a liderança orientada, ou seja, líderes que não expressam suas opiniões, evitam conflitos de idéias, são inseguros e muitas vezes adiam decisões. O ideal é ser um líder integrador, aquele que incentiva a troca de idéias, participa de soluções, reconhece o valor de cada membro da equipe, ou seja, cria condições favoráveis à equipe.

O sucesso do plano estratégico da empresa está associado diretamente, dentre outros fatores, ao comportamento de seus lideres, por isso a importância de suas competências e estilos para que os resultados esperados possam ser alcançados, somente uma organização coerente com suas ações pode entender quanto o mercado é competitivo e como se comportar diante dele.

2.4 - A busca da competitividade empresarial

A postura competitiva segundo Fahey (1994), define como uma organização se diferencia dos concorrentes atuais e futuros aos olhos e entendimento dos consumidores. É a diferenciação embutida pela empresa em um produto que determina a escolha do consumidor por aquele produto. Para que isso aconteça é necessário que se estabeleça uma estratégia, por isso Porter (1991) sugere que haja a atratividade da indústria e a posição competitiva dentro dela.

A fidelização e a busca por novos clientes são processos complexos e responsáveis pela competitividade empresarial. Porter (2004, p. 4) caracteriza o poder de negociação dos clientes, o poder de negociação dos fornecedores, a ameaça de novos entrantes e a ameaça de produtos substitutos como fatores determinantes à rivalidade entre concorrentes.

3. Conclusão

Neste estudo foi observada a necessidade de incentivar o autoconhecimento como ferramenta fundamental para crescimento humano e organizacional. Observamos ainda, que o plano estratégico sofre constantes mudanças, podendo causar conseqüentemente impactos nos processos internos da organização.

Tendo em vista o constante aprimoramento dos processos, é necessário que as lideranças da organização estejam prontas para subtrair os melhores resultados de sua equipe. Afinal, o sucesso do plano estratégico está diretamente associado à competência da equipe e de seus lideres. Plano este, que implica em aspectos como o crescimento da organização, os custos fixos, a diferenciação de produtos, a identidade de marca, os custos de mudança, a diversidade de concorrentes e as barreiras de saída.

A competitividade deve ser analisada como fator relevante no desenvolvimento interno e no crescimento da organização como um todo.

REFERÊNCIAS

PORTER, M. E. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Elsevier. 2004.

http://www.din.uem.br/ia/emocional/

AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL NATURA COSMÉTICOS 2008

INTRODUÇÃO

A Natura atua no Brasil, França, Argentina, Venezuela, Peru, México, Chile e Colômbia, no segmento de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria (produção inovadora utilizando elementos naturais encontrados na flora brasileira). Desde de 2004, com capital aberto destacando-se na bolsa de valores com ações valorizadas devido sua performance financeira. É notável como a empresa vem se destacando no mercado, tanto pela qualidade de seus produtos, quanto pelo seu modelo de cidadania corporativa e da sua preocupação com a responsabilidade sócio ambiental.
O objetivo do trabalho é analisar o Relatório Anual de 2008 da Natura Cosméticos S/A e os aspectos associados às disciplinas Planejamento de Negócios e Modelos Mentais e Tomada de Decisão.
Identificaremos as estratégias assumidas pela empresa com relação ao mercado e assumidas com relação ao futuro. Será feita uma descrição da visão e seu alinhamento com a Gestão e Estratégia da Natura, será abordada as estratégias ligadas ao público alvo (consumidores) e ao meio ambiente, seus indicadores, sua relação com o desempenho organizacional (financeiros, clientes, processos internos) e seus compromissos assumidos.
Por fim, será feita uma análise para constatar se o relatório atende as expectativas dos públicos (stakeholders) e se as informações adquiridas são suficientes para os processos de Tomadas de Decisão.

DESENVOLVIMENTO

A Natura, sediada em Cajamar/SP, foi construída de acordo com as práticas ambientalmente adequadas, sendo que possui um moderno centro de pesquisa, logística e produção. Os pólos operacionais, comerciais e administrativos estão localizados nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo. Possui 5.698 colaboradores diretos e completou, em Setembro de 2009, 40 anos de mercado. Os produtos proporcionam bem estar, e através deles, é possível conquistar os consumidores vinculando-os com outro mundo, valorizando sua beleza e seu tempo estreitando assim o relacionamento da empresa com seus clientes.
A empresa vem assumindo estratégias com relação ao mercado, dentre elas podemos ressaltar o relacionamento pessoal que valoriza o indivíduo através da comercialização de seus produtos. Possui um contato direto com o consumidor e conta com 850 mil representantes, os chamados CN (Consultores e Consultoras Natura). Outra estratégia notável é a extensão do serviço de ouvidoria e pesquisas com seus CNs para melhor conhecimento do mercado.
A Natura possui programas com objetivo de reduzir os impactos negativos causados à natureza, buscando a manutenção de uma grande área de reflorestamento, onde parte de seus insumos são retirados. Esta estratégia é de suma importância, tendo em vista que o grande desafio das empresas atualmente é justamente a preocupação com o meio ambiente.
Diante do resultado expressivo em 2008, planos de ação foram impulsionados no Brasil que atualmente é seu maior mercado.
Está engajada na construção de um modelo de desenvolvimento para a região da Amazônia, junto com o Governo, Comunidades e ONGs.
A Natura preza pela conservação e se responsabiliza pelos impactos criados na natureza devido à extração de matérias-primas para a fabricação de seus produtos. Procura estar atenta aos riscos, buscando orientar seus colaboradores através do gerenciamento de problemas que possam surgir com tal ação.
Devido ao aquecimento global, a empresa lançou o Projeto Carbon Neutro em 2007, afim de reduzir a liberação de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. Esta ação será capaz de reduzir em 9.0% a emissão dos gases durante 2 anos, o compromisso assumido pela Natura é de reduzir 33%, este será seu desafio ao longos dos próximos cinco anos.
Podemos mencionar também a estratégia advinda de canais de comunicação para transmissão/compartilhamento dos seus valores, pois assumem o compromisso de contribuir para a melhoria da qualidade da educação nas escolas públicas do Brasil. O projeto atende diretamente 895 diretores, supervisores e coordenadores pedagógicos e indiretamente a 5.800 professores e 124 mil alunos.
Um dos principais pilares de atuação da empresa é a inovação, sempre objetivando um desenvolvimento sustentável com engajamento dos Stakeholders. Para isto buscam sempre novas tendências, estratégias e iniciativas com intenção de evoluírem no mercado. Sua visão foi elaborada baseada nas teorias dos sistemas e do holismo, buscando melhor relacionamento, qualidade dos serviços e produtos e sustentabilidade. Podemos perceber que as suas estratégias se alinham com o ambiente interno e externo.
Apesar da crise mundial que afetou diversos setores da economia brasileira, a Natura obteve um crescimento de 16,3% do setor de cosméticos no Brasil, a empresa afirma que está no caminho certo pois com tal crescimento, suas vendas diretas sofreram um impacto positivo favorecendo seu resultado em 72% em seu canal de vendas diretas.
Em 2008 a empresa optou por uma estratégia em relação ao portifólio com redução no número dos itens de 930 para 739 e mantendo os de maior representatividade, racionalizando os custos e focando na gestão. O foco está no crescimento e na evolução do modelo de gestão.
Com a ampliação das estratégias de CNOs houve uma melhoria no atendimento ao consumidor final. Foi adotada a estratégia “Menos é Mais”, onde ocorreu a redução da diversidade dos produtos, sendo concentrado os esforços em prol de sua maior representação. Com isso, a Natura conseguiu minimizar seus custos, aumentou a exposição de sua marca e elevou o índice de do investimento em marketing baseado na responsabilidade ambiental voltada a qualidade de seus produtos.
Os resultados alcançados são frutos da reação de qualidade, canais de diálogo com diversos públicos e trabalhando sempre com ética perante seus colaboradores, fornecedores e consumidores que são os principais canais para construção da marca. Segundo Berardi (2004),

As marcas são importantes elementos de diferenciação. Os consumidores, ao comprar os produtos, associam à marca uma série de características. Se a marca é aceita, é possível criar lealdade a ela.

A empresa preocupa com questões ambientais, para isto, sua parte técnica é totalmente correta e controlada para manter o equilíbrio entre seus diversos setores. Sua atividades estão sempre focadas na conservação do ambiente e sustentabilidade. Através do lançamento de um edital para projetos do meio ambiente, a natura recebeu 6 propostas sendo que pelo menos 5 delas serão viabilizadas. Contou ainda com aprovação do uso sustentável da Biodiversidade, que objetiva atender o padrão da convenção sobre diversidade biológica que foi assinada pelo Brasil durante a ECO-92.
O programa que certifica que as matérias-prima serão extraídas de forma sustentável favoreceu a empresa socialmente.
Isto intensifica a tendência mundial, os investidores estão investindo seus recursos em empresas brasileiras que apresentem um perfil sustentável e rentável.
O lançamento de uma linha infantil NATURÉ, que irá despertar o interesse das crianças cobre o uso adequado e racional de água faz parte de ações futuras para contribuir com o meio ambiente. Amenizando o consumo de água (8,91%0 e de energia (16,88%) em suas operações industriais.
Com o programa de conscientização, a empresa conseguiu reduzir o consumo de água, modificando seus processos e conscientizando os trabalhadores. Reduziu a emissão de efluentes mantendo o controle e segurança de vazamentos.
O crescimento e desempenho financeiro da natura foi positivo em 2008. Com uma receita líquida de 17,7% maior que 2007. Lucro líquido de 17,3% maior que 2007. Seu saldo de caixa no fechamento de 2208 foi de R$ 350,5 milhões com endividamento de 0,11 do EBITDA do ano. As despesa administrativas foram de 13,10% para 11%.
A empresa investiu R$ 88,0 milhões em marketing que foi financiado por ganhas em sua produtividade.
De acordo com dados extraídos no relatório, coma linha Crer Pra Ver e sua implantação na Argentina, a Natura teve um aumento de 50% em sua vendas. E ainda obteve um aumento de 18,2% no número de consultores e consultoras.
A Natura está sempre envolvida na sua produção dedinando esforços para a qualidade de seus serviços e produtos, este é um diferencial que destaca a empresa no mercado de cosméticos.
Como a Natura está envolvida com o ambiente externo da empresa, assumiu compromissos que geram satisfação para os consumidores, consultores e demais setores como por exemplo contribuir para a melhoria da educação nas escolas públicas, reciclagem de resíduos gerados em Cajamar e Itapecirica, utilização de 100% de álcool orgânico em seus produtos entes outras ações.
Isto mostra o compromisso que a empresa assume diante do mercado que atua.
A primeira casa da natura foi aberta em 2007 na cidade de Campinas – SP. O projeto para 2009 é abertura de mais 5 casas, assim o canal d evendas terá maior contato com a empresa e os produtos. Criando um vínculo entre consultor e empresa causando bem estar, fortalecimento da relação e conseqüentemente contribuindo para o crescimento de mercado.
O projeto Chapada é outra estratégia que a Natura pretende lançar para atingir o consumidor, pois seu objetivo é aperfeiçoar o índice de desenvolvimento e educação.
O projeto faz parte dos vários compromissos assumidos pela empresa para garantir a melhoria e aumento na qualidade de vida para todos os clientes e colaboradores, estas ações estão ligadas ao comportamento empresarial e conectadas às crenças da empresa. Além disso, a empresa conta com uma série de benefícios e incentivos que favorecem seus parceiros, clientes e colaboradores.
É necessário ressaltar pontos não contemplados no relatório estudado, exemplo claro, são as estatísticas regionalizadas a fim de apresentar as situações que certamente são especificas da região a ser trabalhada
Como o relatório contempla apenas dados parciais em determinadas regiões limita-se a coleta de dados mais complexos na área do Brasil, o que deve não refletir com precisão a totalidade dos fatos

CONCLUSÃO

O trabalho abordou a visão da empresa bem como seu perfil estratégico de gestão e compromisso com o meio ambiente.
A Natura tem em seus procedimentos administrativos atitudes convergentes com as teorias cientificas de Modelos Mentais e Planejamento Estratégico, aliada a isso podemos confirmar que não é por menos que a Natura figura como uma líder do mercado que atua, bem como uma marca conceituada de forma global, com amplas condições de crescimento e consolidação no mundo dos negócios.
Sendo assim concluímos que os modelos mentais e o planejamento estratégico, são fortes aliados de uma administração vitoriosa e prospera, pois não cabe nos dias de hoje o casuísmo, precisamos contar com a ciência da evolução do homem no mundo competitivo.

REFERÊNCIAS

BERARDI, René Castro. Programa de marketing e propaganda: desenvolvimento e planejamento / René Castro Berardi. Curitiba. Ibpex, 2004.

Branco, Henrique Castelo. Tomada de Decisão, introdução, conceitos e conexões: fundamentação teórica divulgada no material da aula de Modelos Mentais e tomada de Decisão. Faculdade Internacional de Curitiba: MBA em Administração de Empresas, Núcleo Comum, 2009.

Schneider, Elton Ivan. Desafios do planejamento de Negócios: fundamentação teórica divulgada no material da aula de Planejamento Estratégico. Faculdade Internacional de Curitiba: MBA em Administração de Empresas, Núcleo Comum, 2009.


www.natura.com.br